Coleção: Itamar Assumpção
Um compositor fora dos padrões, preocupado com uma fusão pessoal da música brasileira com o funk, reggae e rock, que serve como veículo para suas letras corrosivas e satíricas de conteúdo social, Itamar Assumpção sempre foi um artista alternativo. Ele teve músicas gravadas por diversos grandes nomes, como (várias canções), ("Já Deu Pra Sentir", "Aprendiz de Feiticeiro"), Branca de Neve ("Nego Dito"), ("Canto Em Qualquer Canto", de Itamar/Ná Ozzetti), e ("Código de Acesso").
Assumpção estreou na música com sua banda, Isca de Polícia, em um festival local em 1979. Ele foi lançado para um público mais amplo no núcleo do movimento da vanguarda paulista, junto com Arrigo Barnabé, Premeditando o Breque e Grupo Rumo, no Teatro Lira Paulistana (São Paulo, SP), nesse mesmo período. Seu primeiro álbum foi o independente Beleléu Leléu Eu, gravado em 1980.
O disco Ataulfo Alves Por Itamar Assumpção – Pra Sempre Agora foi premiado pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como o Melhor do Ano. Em 1988, ele se apresentou pela primeira vez na Alemanha, onde participou da Dokumenta de Kassel. Lançou vários álbuns e conquistou um público fiel naquele país.
Seu último álbum, Pretobras, foi lançado em 1998 e mostrou Itamar tão politicamente incisivo quanto sempre, com um título que confrontava de maneira inteligente a indústria do petróleo no Brasil. Seus últimos anos após o lançamento do álbum foram dedicados à luta contra um câncer intestinal, que tirou sua vida em 13 de junho de 2003.
~ Álvaro Neder, Rovi
